É preciso amar



Viver e ter a consciência que tudo pode ser melhor.
Praticar atos com coerência, ter paciência, entender o outro.
Nada de muita cobrança, muito de esperança que o jogo vai virar.
O dia é hoje, fazer o bem é preciso, mostre o caminho, você tem o dom.
Deus lhe deu essa missão, levar amor a quem precisar, amar, amar e amar...
Mas amar sem se importar, com quem quer que seja, tão simples assim.
Como já dizia o poeta, viver e não ter a vergonha de ser feliz...

                      Edivaldo Dias dos Santos _ Bauru
                             Jornal da Cidade _ 19.03.2017



Sempre junto a mim



Vejo o Mundo
pela luz de seus olhos,
o encanto de seu sorriso,
a ternura de suas mãos,
o aconchego de seus braços.
Sou feliz assim,
tendo você sempre junto a mim,
guiando meus caminhos,
com mil carinhos enfim

                        Elenita Rino Pompeu _ Bauru
                                 Extraído _ Jornal da Cidade_ 09 .07.2017                                            

Muito estudado e pouco entendido




Confundia arrogância com confiança
Via-se como não era
Realmente eloquente
Minhoca que se considerava serpente
Amava o poder e odiava a autoridade que não a sua
Não respeitava nada,
Pouco polido, quase uma caricatura
A soberba o antecedia como sirene de viatura
Não passava despercebido na rua
Sempre discordava do coro dos contentes
Proferia a última palavra e não admitia contestação
O senhor da verdade, a autoridade suprema
Ignorava o mundo e chamava muita atenção
Mas tinha dinheiro e sobrenome
Prestígio, mulher do ano, carrão
Extravagante e exibicionista de plantão
Tomava um bom destilado,
Sempre rodeado pela falange de oportunistas
Afastava o tédio no clube de campo
Dizia-se homem santo
Embriagado pelo poder
Da cobertura da praia sequer notava a grandiosidade do pôr do sol
Na verdade era incompetente com crônica infelicidade
Não reconhecia  a pobreza ou indignidade
Via a sociedade apenas nas cercanias de seu condomínio de luxo
Corajoso só quando tinha bala no cartucho
Avistava a cidade pelo vidro escuro do carro blindado
Acostumou-se a ser adulado
Convenientemente cego para a dor no próximo
Não enxergava ninguém acima de si
Levou muito tempo e esforço para estar ali
Lamentavelmente perdeu-se no caminho da vaidade
Esqueceu a caridade
Poderia ser diferente e até admirado
Egoísta nato, um nobre e pobre coitado

                                                       Autora: Eliara do Vale
                                                            Jornal da Cidade _ Bauru SP
                                                                            19.03.2017