Desencanto


Tenho certeza
Não sou deste planeta
Caí na Terra por descuido
Transfigurada tomei cara de humanos
Como Diógenes com sua lamparina
Campeio a escuridão
Procuro meu semelhante
Essa tal Humanidade
Não consigo encontrar
Então me desencanto...
Que Terra é esta?
Tão cheia de maldades
De cinismos, de infâmias,
Falsidades, atrocidades...
Que chegue a minha nave
Por favor, quero voltar!
                Silvanira Fainer_ Bauru/SP
                                                                        

Sem regras



Decido fazer um pacto. Mas esse é inusitado
Esse é com o acaso. Vendo meu passado pude perceber,
O presente é diferente,
As regras me enganaram
E o acaso me trouxe você.
Essa é a grande graça,
Regras é aquilo e pronto, sem mudança,
E o acaso se transforma em esperança,
Esperança que pode nos machucar
Mas que graça tem sair
E ter hora pra voltar?
Sempre tive vontades
Então trajetos delimitei,
De tudo o que pensei
Hoje só sei que nada sei.
E compromissos com as regras?
Cancelei.

        Lucas M de Oliveira_ Extraído do Jornal da Cidade/2015_ BauruSP