ESCRITOS DE AMOR: junho 2016

Vidas Distantes

Por que me torturas?
Por que me faz suplicar
quando eu só quero amar?
Até quando implorarei carinho,
até quando seguirei sozinho?
Já não tenho forças para caminhar
Já perdi o rumo do luar,
Passo os dias a meditar
As noites a sonhar.
São sonhos de felicidade
Mas o amanhecer traz a realidade
Tenho vivido de lembranças
Meu passado tem sido a herança.
O presente me entristece e me causa dor
E a solidão é o único sabor.
A esperança as vezes me alimenta
Mas nem sempre o coração aguenta,
Os momentos são frios e angustiantes
Marcados por duas vidas distantes.

José Benedito Filho _ 2015

Jornal da Cidade _ Bauru

Amor

Procurei você
Por toda parte do mundo,
No sol,
Na lua,
No mar,
E nas estrelas,
E sabe onde eu te encontrei,
Aqui dentro do meu coração!
Quanto mais vivo,
Mais te amo,
Quanto mais te conheço,
Mais compreendo o quanto
Você é importante para mim.
Quero que saibas que se eu chorar
Jamais me esquecerei
De que um dia me fizeste Sorrir.
Quero que saibas que se eu partir,
Levarei comigo,
As recordações dos momentos que vivemos juntos.
Se eu vivi foi porque te AMEI!

Gotas _ Celso Simone _ BauruSP

Menina

Menina de tons tão puros
De lindos versos obscuros
Que tão na surdina já fez...
Que calada tudo assiste
Não reivindica atenção
Esperando a sua vez...
A sua vez em que um dia
Falando falas sonoras
Cantará todas as auroras
Crepúsculos, amanhecer...
Dos tempos que já vividos
Devem ter lhe oferecido
As ofertas mais singelas
A quem, de fato, em Vida,
Soube Sentir e Viver.

Silvanira Fainer_ Bauru/SP

Não feche a porta

Vamos nos despedir,
Cobertos por poemas inacabados
Esperançosos de que ela retorne com boas notícias,
Que assim possamos terminar nossos poemas
Então fechamos os olhos,
E ela caminha
São passos incontáveis
O tempo é relativo
Os lugares se misturam
Lugares que esquecemos,
Lugares que queremos
No final da noite ela volta,
Talvez não com o que queremos
Na próxima noite...
Ela vai tentar novamente,
Até não precisar mais voltar
Por isso...
Vamos deixar a porta aberta.

F.Leitão

Extraído do J.Cidade_ 2015_Bauru

Caminhadas

Andei em tantas trilhas
Já nem sei
Em qual delas
Um dia me perdi
Foram tantas as andanças
Os encontros, despedidas
Amores, alegrias
As chegadas, as partidas
Tanta fé, tanta esperança
Tanta crença e ilusão
Ajudaram minha vida
A seguir sem fraquejar
Crendo sempre no amanhã
Só agora na velhice
Aprendi a enxergar
Que o melhor da minha vida
Está bem na minha frente

E em tudo ao meu redor

Não há mais o que esperar

O passado já se foi
O futuro quem o quer?
A certeza é o agora
Um presente em minhas mãos.

Silvanira Fainer _ SIL Livro de Poesias

Bauru - SP